terça-feira, 11 de agosto de 2009

O lado bom do novo vírus

Pode parecer loucura. Pode parecer insanidade. Mas esse novo vírus trouxe algumas coisas boas para os brasileiros. A primeira coisa é a higiene. Na tentativa de evitar o contágio, as pessoas conscientes passaram a tomar mais cuidado com coisas simples como lavar as mãos. E não é passar uma água nas mãos. É lavar mesmo com direito a muito sabão e um álcool gel no final. E muitas vezes ao dia. Quando chega da rua, durante o dia, antes de sair, ao chegar de novo. Eu mesma já perdi as contas de quantas vezes lavo as minhas mãos por dia. Ainda relacionado a higiene vem a questão de proteger a boca e o nariz ao espirrar ou tossir. É uma questão também de educação. Mas sejamos sinceros antes as pessoas pareciam não ligar muito para isso e tossiam e espirravam em alto e bom tom. Realmente atitudes simples mas que raramente faziam parte do dia-dia dos brasileiros.
Mas talvez a melhor coisa dessa gripe seja as novas opções de lazer. Responda rápido, qual o passeio de sábado a tarde? Shopping. E de sábado a noite? Restaurantes. E de domingo a tarde? Cinema. E o sol brilhando lá fora. Lindo. Com o risco médio de se adquirir o vírus nesse tipo de ambiente as pessoas passaram a ver com bons olhos os parques, a praia, as praças e tantos outros locais a céu aberto. E com isso ganhamos qualidade de vida. Antes dessa pandemia confesso que de sábado após o almoço lá ia eu, meu marido e minha filha para o shopping e lá almoçávamos, levava ela nos brinquedinhos e achava que estava dando o melhor. Tanto é que ela sempre fala “pop” (shopping) quando perguntamos a ela onde quer ir. Agora as coisas mudaram, o meu pânico afastou toda minha família do “pop” e passamos a ir no “pak”... Hoje eu vejo o quanto essa troca foi positiva. Ela brincou na areia, na balança, na grama, na gangorra. O pai fez caminhada. Acordamos mais cedo. Aproveitamos mais o dia, a vida e tudo a céu aberto. Conseqüentemente a alimentação fica melhor pois esporte, natureza combinam com saladas, carnes grelhadas, legumes, sucos e águas. Além disso se alimentar bem é uma das principais armas contra o novo vírus. Dizem que ainda vamos brigar muito contra o H1N1 mas com certeza essas mudanças se tornaram hábito, um bom hábito. E assim ganharemos qualidade de vida

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Primeiro e último



Ano novo! Por que esperamos tanto por esse momento? Se pensarmos é apenas uma mudança de calendário e nada mais. O que tem de tão mágico nesse momento? Quantas vezes escutamos: “não vejo a hora de começar 2009?”
Dia 31 de dezembro parece ser um dos dias mais esperados do ano. É o dia que todos se concentram, repensam, desejam, se enchem de expectativas e de rituais como usar branco, pular as sete ondas, rezar entre outros.
Mas na verdade acho que é esse o segredo e a magoa do último e do primeiro dias do ano.
Nessa rotina maluca em que vivemos quando é que paramos para refletir, para desejar, para analisar o que queremos, o que precisamos, o que realmente queremos conquistar. Quando é que paramos e enchemos o nosso coração de esperança. No dia-a-dia não sobra tempo para isso. As coisas vão acontecendo e atropelando tudo o que queríamos. As situações que nos são impostas nos desviam da nossa meta estipulada lá no primeiro dia do ano.
Infelizmente nos esquecemos que Deus nos dá a chance de recomeçar todos os dias. Que não há necessidade de esperarmos o primeiro dia do ano para termos novas atitudes, novos ideais, novas chances e novos sonhos. Todos os dias temos mais uma chance de fazer diferente de colocar em prática tudo o que planejamos. Todos os dias podemos ter uma vida nova, um dia novo. Todos os dias podemos decidir por outro caminho. Todos os dias podemos aprender com os nossos erros e acertar mais.
Esse é o segredo do dia 31 de dezembro e da magia do primeiro dia do ano. Esse é o motivo desse momento ser tão importante. Afinal, talvez seja a única vez que paramos e nos dedicamos a nós mesmos. A tudo o que realmente queremos. E começamos o primeiro dia do ano com aquela vontade de dar certo.
Esse é o segredo do Ano Novo, é a certeza de que teremos 365 dias para tentar lutar pelos nossos objetivos e buscar o caminho que nos leva a felicidade. É por isso que todos nós aguardamos com tanta ansiedade o tão esperado momento de gritar Feliz Ano Novo.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

De ponta cabeça...

Todos os dias nos deparamos com várias notícias. Mas essa semana para mim foi demais. Noticias que na minha opinião são completamente absurdas e não faze sentindo algum. O pior nos fazem pensar e refletir sobre tudo o que aprendemos quando nos referimos ao que é certo e errado. Vamos lá, logo no começo da semana li, em destaque, que uma “jovem senhora” de 70 anos deu a luz a uma criança. Meu Deus, mãe aos 70 anos. Como pode? Biologicamente já é um fenômeno. A expectativa do ser humano geralmente é de 80 anos – em uns paises mais em outros menos. O que esse bebê pode esperar dessa mãe. O leite materno é produzido? E se sim com qual qualidade? E a disposição física para passar noites em claro, carregar a criança de um canto a outro. Estar atenta a cada movimento. Trocar fralda, dar comida, dar atenção e principalmente brincar. Quanto tempo essa relação de mãe e filho vai existir? Afinal não somos eternos. E depois para onde ele vai? Com quem vai ficar? Como será o psicológico desse bebê? A notícia deveria ser de alegria e vida mas para mim é uma situação completamente inaceitável. Um filho precisa de amor, carinho - e isso não tenho dúvidas de que terá de sobra- mas e o resto? E as coisas que exigem disposição física, e mental. Como será isso? Realmente essa situação foge do que costumamos julgar ser normal.
Outro assunto que muito me chamou atenção foi a absolvição do policial que “acidentalmente” matou uma criança inocente de 3 anos, o garoto João Roberto. O policial confessou porém justificou dizendo ter sido uma falha e que não tinha como saber que aquele carro baleado era de uma família inocente e não de um bandido. E que todo mundo erra. Pois é, mas esse erro tirou a vida de uma criança. Qual o papel da policia? Atirar sem tem certeza? Que tipo de segurança temos ao saber que quem deveria nos proteger pode tirar as nossas vidas? Fico pensando se um dia tiver a má sorte de estar dirigindo um veículo semelhante a de um bandido e um policial me confundir. Mas tudo bem, pois depois ele pede desculpa pelo erro, só não sei se vou estar aqui para desculpá-lo. Imagino a revolta desses pais e de outras milhares de pessoas que foram vítimas de erros, de balas perdidas e etc... e tem que conviver em sociedade com esses bandidos pois a tal justiça os considerou inocentes.
E o torcedor do São Paulo que morreu por ter levado uma coronhada ode um policial? E o rapaz que só porque despertou a desconfiança do segurança de uma grand eloja levou um tiro e também morreu. Sem comentários.
Sinceramente não sei como tudo isso vai acabar. O ideal seria que as pessoas levassem mais a sério a profissão que exercem, principalmente aquelas que lidam com a vida dos outros. Profissionais que transportam passageiros, que trabalham com armas de fogo, que tem a função de proteger etc... Muitas vidas dependem da competência desses profissionais.
A justiça também deveria funcionar mais. Deveria punir de forma mais severas aqueles que tiram a vida, que maltratam, que roubam, que não estão 100% aptos a viver em sociedade e em paz.

Dinheiro na medida certa

Dinheiro... que coisa boa. Quase todo mundo passa a vida inteira atrás do dinheiro. Atrás de uma profissão que dê um belo retorno financeiro. Alguns até se esquecem da vida para ir atrás do tal dinheiro. Abrem mão da família, dos amigos, da namorada, do bichinho de estimação, de uma viagem, de um passeio, de uma festa só para se dedicar ao dinheiro. O dinheiro é bom. Seria hipocrisia dizer que o poderíamos viver sem ele. Afinal, é ele que nos permite ir a bons restaurantes, a viajar para um lugar incrível, a comprar uma roupa maravilhosa, a ter uma vida confortável. Mas como tudo na vida o que prejudica é a falta de controle.
Na verdade o problema está ai. Para não perdermos a fonte nos dedicamos cada vez mais. Vamos a happy hours, trabalhamos até tarde, preenchemos todos os dias a nossa agenda com compromissos simplesmente inadiáveis que quando percebemos nossa casa se tornou um hotel.
E para que tudo isso? Será que não existe um meio termo? Será que não é possível se dedicar, sem se tornar escravo?
A vida é única e curta. Desperdiçar nosso tempo com pessoas e situações que não vale a pena só por uns trocados realmente não vale a pena. O que vale a pena nessa vida é esta ao lado de pessoas que amamos, que nos querem bem. É fazer coisas que nos deixam felizes, que nos dão prazer. É ter a liberdade de decidir quando ir. É saber dosar os prazeres da vida com as obrigações da vida. E , claro, buscar as coisas que nos deixam felizes sempre.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Depende de nós



Solidariedade. Quantas vezes ouvimos falar sobre a importância de ser solidário e apoiar uma causa, de ajudar o próximo, de doar, distribuir. O sentimento é ainda mais aflorado no final de ano onde quase todo mundo pega as tais “sacolinahs de natais” e se sentem bem comprando roupa, brinquedo, calçado etc... para uma criança. As visitas em favelas, bairros pobres aumentam. A conta bancária de instituições de caridades também. Fora o final do ano, tragédias como a de Santa Catarina também amolece o coração.
Meios de comunicação, empresas, entidades, população em geral se comoveram com a situação dos mais de 78 mil desalojados e desabrigados e iniciaram uma verdadeira campanha de solidariedade. Até agora foram doados mais de 1,3 milhão de litros de água e 1,5 milhão de toneladas, além de sangue, remédios e dinheiro etc... As doações e a vontade de doar parece não ter fim. Ajudar as vítimas de Santa Catariana parece ter se transformado na meta de todos os brasileiros e não importa a idade. Ontem fiquei comovida de ver três crianças, de no máximo 10 anos, tocando a campainha de todos os apartamentos em busca de donativos para o Estado.
Tal comoção nacional me fez repensar algumas coisas. Longe de mim tirar a gravidade do ocorrido em Santa Catarina. Mas, quantas pessoas não passam por situação semelhante. Quantas pessoas moram em cima de córregos sem segurança nenhuma. Quantas pessoas morrem de fome. Quantas pessoas morrem nas filas dos hospitais. Quantas pessoas morrem de frio na rua. Quantas pessoas morrem de sede. Quantas pessoas perdem tudo nas famosas enchentes. Quantas pessoas estão desabrigadas no País. Pois é. O número deve ser muito maior do que os 78 mil de Santa Catarina. Quem olha por eles? Quem se mobiliza por eles? Quem é solidário com eles?
Toda essa mobilização serviu para mostrar que se todos nós, as empresas, entidades, doasse um pouco que fosse, a história de vida dos “miseráveis” poderia ter um final feliz. Se algum dia existisse uma campanha de comoção tão forte em prol dessas pessoas que moram a beira da marginalidade a realidade seria outra. Se em tão pouco tempo foi arrecadado milhões em dinheiro, toneladas em alimentos imagina se essa campanha fosse constante e, claro, com toda essa força. Afinal não adianta fazer uma campanha e não envolver as pessoas.
Voltando... se essa campanha fosse todos os dias o Brasil teria caixa suficiente para ajudar as milhares de família que não conseguem colocar um prato de comida todos os dias na mesa. Teria comida suficiente para não permitir que ninguém morresse de fome. Teria remédios, atendimento médico, banco de sangue, fraldas.
Conseqüentemente a miséria, a injustiça social, a ignorância, a falta de educação e até a criminalidade iriam diminuir. Resta saber até que ponto ter um povo saudável e com cultura suficiente para entender a situação é interessante para nossos governantes.
Não sei se tudo isso é uma utopia. E também sei que é culpa de nós mesmos. Parece que precisamos de alguém para organizar. Não queremos ter trabalho. Queremos um lugar para levar as doações, alguém que leve até o destino e etc...
Por isso, não depende de ninguém a não ser de nós.. pois é depende de cada um de nós que o nosso País se transforme. Acho que podemos pelo menos parar, pensar e tentar começar a agir. Tem muita gente esperando por isso!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Ser surpreendido...


Depois de um texto tão polêmico como foi o da traição, resolvi escrever sobre surpresas. Surpreender é apanhar de improviso, saltear, aparecer inesperadamente diante de; causar surpresa a espantar, admirar, maravilhar, espantar, assombrar, entre outros. Surpreender alguém com coisas boas é sempre bom. A pessoa surpreendida se sente importante e percebe o quanto é querida. Surpreender dá um fôlego a qualquer relação. Sabe quando o namoro ou o casamento ta morno, pois é... Surpreenda... é o melhor caminho. Um jantar, um presente, uma declaração, um convite, um carinho bom enfim, qualquer coisa vale desde que seja espontâneo. Vale também quando queremos demonstrar o que sentimos por alguém, seja um amigo, pai, mãe, irmãos, primos, filhos e não sabemos como. Pois é Surpreenda. Faça algo que a pessoa jamais imaginaria que você pudesse fazer. Eu adoro surpreender. Nunca fui muito boa com palavras. É muito difícil eu dizer “Te amo”, “você é muito importante”, “obrigada por existir” e outras coisitas mais... Então compenso com surpresas.
As vezes somos surpreendidos com noticias ou situações inesperadas e que não nos agradam. Mas após o “choque” é possível perceber que mesmo nessas situações ser surpreendido é bom. Quando somos surpreendidos com algo que não esperamos temos que dar respostas rápidas. Respostas que talvez levaríamos uma vida para dar caso não tivéssemos sido surpreendidos. As vezes nos acomodamos em alguma situação por medo de mudar e quando estamos tão inertes só um empurrãozinho para transformar a nossa vida. Durante um bom tempo posso dizer que me acomodei, fiquei esperando as coisas acontecerem. Esperei tanto que nem percebi os anos passarem. Comecei a me contentar com pouco, com a mesmice. Me enganei acreditando que a qualquer momento algo mágico, inesperado iria mudar tudo. Pois é, nada aconteceu e ainda fui surpreendida. Confesso que não com uma situação agradável mas... foi o suficiente para dar uma chacoalhada em mim e me fazer enxergar o quanto estava acomodada. Despertei. E agora resolvi buscar novas alternativas, novas rotas e novos rumos. Agora percebi que posso mais. Que tenho a capacidade para ser mais. Acordei para a realidade e tive a prova que quando ficamos sem perspectiva é tudo tão sem graça. Acho que não quero isso para a minha vida. Afinal estamos aqui para lutarmos pelas coisas que nos fazem felizes. Ainda bem que estou realizada em boa parte da minha vida. Falta apenas um pouco. Falta apenas um temperinho para tudo estar perfeito. Vou me surpreender. Vou mudar. Não vou esperar a vida preparar uma “festa surpresa”. Agora que despertei vou agitar. Quero desafios novos e crescer ainda mais. Quero e preciso ser surpreendida.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

A arte de ser fiél


Quem de nós nunca ouviu histórias sobre traição? Quantas pessoas já não sofreram por terem sido traídas. Quantos relacionamentos acabaram por conta de traições. Uma das definições para a palavra traição é infidelidade. Para mim é um tanto quanto fora da lógica alguém que ama ser infiel a esse sentimento. A traição é um ato de imaturidade. Afinal, geralmente trai aquele que não consegue lidar com as dificuldades de um relacionamento ou até mesmo está insatisfeito mas não tem coragem de terminar e ficar sozinho. Tem aquele que trai por nenhum motivo, simplesmente porque não consegue ser fiel. Nesse caso, na minha opinião, fica claro a vontade de se afirmar, de mostrar que pode, que consegue. Mas seja qual for o motivo a traição é o ato mais bobo e vazio que existe. Vamos lá. Você namora ou está casado. Se vive numa dessa situação pressupõe-se que está porque quer e porque está feliz. Então para que envolver uma terceira pessoa nisso. Sem moralismo, é apenas uma questão de lógica. Se tudo está bem para que se aventurar por ai. A traição equivale a apenas algumas horas de prazer. O que são algumas horas quando comparados ao vários meses, dias ou até anos ao lado de alguém. Para que arriscar um relacionamento verdadeiro e sólido por algumas horas de prazer. Bom, ai vem aquela história. “O nosso relacionamento está em crise”. Certo! Mas qual relacionamento já não passou por crises. As crises existem e quase sempre são passageiras. Porém algumas pessoas se aproveitam dessas crises para “pular a cerca” e aquilo que poderia ter sido passageira trouxe mágoa e infelicidade. Conseqüentemente a crise se agrava e ai já é tarde demais. A traição é ruim, trás sentimentos negativos e é altamente destrutivo. Se o casal já não se entende mais é muito mais maduro se afastar, dar um tempo, conhecer outras pessoas e quem sabe no futuro tentar de novo. Mas trair? O que isso ajuda? Ajuda a esquecer os problemas por algumas horas. Mas e depois? Fica aquele sentimento vazio e mais para frente o problema tende a aumentar ainda mais. A coisa melhor da vida é ser sincero principalmente consigo mesmo...pois aproveitando o dia inspirado em musicas do Renato Russo “mentir para si mesmo é sempre a pior mentira”....